Os videojogos são benéficos

O tempo deu-me razão. Durante anos lutei contra a mania daqueles que insistiam que os jogos de vídeo eram prejudiciais.

Dizia-se que jogos como Mortal Kombat eram responsáveis por levarem as crianças a baterem nos colegas e nos professores. Afinal parece que os telemóveis que os pais querem que os filhos levem para a escola, é que são os grandes culpados. No meu tempo de criança-estudante, andávamos amiúde "à bulha" na escola, onde havia sempre algum colega que era mais vítima que os outros. Hoje a isso chama-se Bullying. Mas nunca tive notícia de que algum colega meu tivesse agredido, ameaçado, gritado ou sequer respondido ao professor. Mortal Kombat já não preocupa ninguém. Os paizinhos de hoje adoram comprar Nintendos e PSPs com jogos de porrada para os filhos.

Muita tinta correu acusando Grand Teft Auto de jogo demasiado violento por incitar ao roubo de carros. Será que foi aí que nasceu o Carjacking ou foi promovido pelas reportagens televisivas que entram pelas nossas casas todos os dias. Hoje Grand Teft Auto já não preocupa ninguém. É um “joguito de crianças”, de oferta na compra de uma consola.

Foi dito que o jogo Commandos era um verdadeiro incentivo ao espírito de guerra. Só se o foi para George Bush filho, que por vontade dele declarava guerra ao mundo. Nas não acredito que ele seja jogador de Commandos. Isso já não preocupa ninguém. Ao pé de séries televisivas sobre os soldados americanos no Iraque, Commandos é um “joguito para imberbes”.

Não joguei nenhum jogo onde se use explosivos para assaltar carrinhas que transportam dinheiro. Mas já vi isso em muitos filmes, mesmo naqueles que passam em horários onde estão muitas crianças frente à TV. Mas isso parece não preocupar ninguém.

Finalmente foi reconhecido, por um grupo de psicólogos americanos, que o mal não vem dos videojogos.

Os jogos de vídeo são ferramentas que facilitam a aprendizagem ao longo da vida. Ajudam a desenvolver o pensamento científico, a desenvolver estratégias elaboradas e capacidades para resolver problemas. Melhoram a coordenação motora e precisão de movimentos. Ajudam a melhorar a capacidade de concentração. São um excelente impulso para quem segue a via informática e um excelente auxiliar para trabalhar com computadores ao longo da vida profissional.

Também existem efeitos nefastos. O demasiado tempo que os jovens perdem sentados frente ao ecrã a jogar, rouba-lhes tempo para exercício físico. Mas o mesmo acontece a quem trabalha 8 horas frente a um computador, seja em programas de contabilidade ou de processamento de texto. A única ginástica que faz é com os dedos. Daí o número crescente de jogadores e trabalhadores obesos, também devido ao que consomem.

Joguem, joguem muito se querem ficar mais inteligentes...

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