A montanha pariu um rato

Com grande pompa e circunstância, José Sócrates e alguns membros do seu o Governo, rodeados de jornalistas, repórteres, fotógrafos e câmaras de TV, anunciaram um grandioso investimento na tecnologia e inovação, na ocasião da assinatura de um protocolo a 9 de Julho com a Nissa-Renault para aquilo que quem seguiu a notícia entendeu que Portugal ficaria na linha da frende na produção de um novo carro da marca, movido apenas a electricidade.

Mas como é apanágio deste primeiro ministro, a montanha pariu um rato.

Afinal trata-se apenas de criar uma rede de agentes para comercializar no nosso país uns meros 4.000 carros. Ou dito por outras palavras, os portugueses que comprarem aquele carro vão ser as cobaias gratuitas da Nissan-Renault para testar as performances e capacidades de um modelo que se vai encontrar com sérias dificuldades de abastecimento, pois o consórcio formado pela EDP, Galp, Brisa, Efacec, Martifer, Sonae e Jerónimo Martins, parece não estar disposto, e com razão, a criar postos de abastecimento (troca e carregamento de baterias) em exclusivo para a Nissan-Renault, quando já é conhecido que a BMW e a VW também vão ter em breve (ou já têm) carros eléctricos.

Já estamos habituados aos grandes anúncios de José Sócrates. Penso que ele acredita que ainda está em campanha eleitoral para as eleições de... 2005.

Mas… não se enervem… vem aí mais!

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