Estação dos CTT de Marte
À chegada a Marte dirigi-me à estação dos correios para levantar uma carta registada que o mensageiro Espacial tivera a amabilidade de deixar à minha porta.
A funcionária dos correios esboçou um sorriso de orelha a orelha, adivinhando já ao que eu vinha, enquanto maquinava uma forma de me tramar.
- 231… 232… 233
- Sou eu. Boa tarde. Venho levantar uma carta registada.
- Em seu nome?
- Bem, em nome da empresa que represento. Tenho aqui o cartão especial e o carimbo da frota estelar.
- Não serve!
- Não serve??? Então o que serve?
- Certidão da Conservatória do Registo de Aeronaves e o seu Cartão amarelo com foto.
- Bom, tenho que voltar à Terra.
Regresso a Marte ao posto dos correios, agora com bastante mais gente..
- 474… 475… 476… 477… … 492… 493
- Sou eu.
A funcionária era outra. A primeira atendia o 492. Pensei: esta tem cara mais sisuda mas parece entender mais disto.
- Venho levantar esta carta. Tenho aqui o Cartão amarelo com a minha foto, a Certidão da Conservatória do Registo de Aeronaves e uma procuração que me dá todos os poderes sobre os actos da Frota.
Tanto papel obrigou-a a perder algum tempo a decifrar o código. Parecia que desconhecia completamente aquele código.
- Não serve!
- Como não serve?
- Não serve!
- Mas está aí tudo… a certidão… o cartão… a procuração…
- Pois é isso mesmo. A procuração não serve!
- Mas… com essa procuração posso fazer tudo… vender a frota, comprar outra, tirar dinheiro, pôr dinheiro, pagar impostos, receber dívidas… tudo…
- Sim, mas não pode levantar a carta. Não fala nos CTT, não pode levantar a carta. São normas…
- Normas? Onde estão escritas? Mostre lá!
- Não posso… não as temos…
Parece piada, mas foi verdade. A Frota claro é uma empresa Portuguesa. Marte é ali mesmo, a Estação dos Correios do Algueirão.
A funcionária dos correios esboçou um sorriso de orelha a orelha, adivinhando já ao que eu vinha, enquanto maquinava uma forma de me tramar.
- 231… 232… 233
- Sou eu. Boa tarde. Venho levantar uma carta registada.
- Em seu nome?
- Bem, em nome da empresa que represento. Tenho aqui o cartão especial e o carimbo da frota estelar.
- Não serve!
- Não serve??? Então o que serve?
- Certidão da Conservatória do Registo de Aeronaves e o seu Cartão amarelo com foto.
- Bom, tenho que voltar à Terra.
Regresso a Marte ao posto dos correios, agora com bastante mais gente..
- 474… 475… 476… 477… … 492… 493
- Sou eu.
A funcionária era outra. A primeira atendia o 492. Pensei: esta tem cara mais sisuda mas parece entender mais disto.
- Venho levantar esta carta. Tenho aqui o Cartão amarelo com a minha foto, a Certidão da Conservatória do Registo de Aeronaves e uma procuração que me dá todos os poderes sobre os actos da Frota.
Tanto papel obrigou-a a perder algum tempo a decifrar o código. Parecia que desconhecia completamente aquele código.
- Não serve!
- Como não serve?
- Não serve!
- Mas está aí tudo… a certidão… o cartão… a procuração…
- Pois é isso mesmo. A procuração não serve!
- Mas… com essa procuração posso fazer tudo… vender a frota, comprar outra, tirar dinheiro, pôr dinheiro, pagar impostos, receber dívidas… tudo…
- Sim, mas não pode levantar a carta. Não fala nos CTT, não pode levantar a carta. São normas…
- Normas? Onde estão escritas? Mostre lá!
- Não posso… não as temos…
Parece piada, mas foi verdade. A Frota claro é uma empresa Portuguesa. Marte é ali mesmo, a Estação dos Correios do Algueirão.
Comentários
Ainda bem que os ânimos já acalmaram, pois esta versão é bem mais divertida do que a original!!!
Que tal publicar estas "histórias" num livro patrocinado pelos CTT de Marte???
Só uma ideia... :)