Colza: bom para alimentação de humanos, animais e... carros

O óleo de Colza.

A colza ou couve-nabiça é uma planta de cujas sementes se extrai o óleo de colza (ou "azeite de colza"). Além de usado na alimentação humana, as suas folhas servem de forragem para o gado pelo seu alto teor de lípidos e proteínas. Só na Índia o cultivo de colza ocupa 13% do solo cultivável. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, colza era a terceira fonte de azeite vegetal no ano 2000, após a soja, e a palma.

Em estado natural, o óleo de colza contém níveis mais altos de ácido erúcico e glucosinolatos que são tóxicos e podem causar queimaduras, bolhas no corpo e lesões nos tecidos internos, podendo até ser fatal. Foi o caso, por exemplo, do óleo envenenado em Espanha, em 1981, em que introduziram no mercado óleo de colza para usos industriais como se fosse de óleo de oliva - morreram 650 pessoas e 20.000 ficaram feridas.

É também usado para produzir biodiesel. O óleo de colza natural é usado na fabricação de biodiesel para veículos motorizados. O óleo de colza pode ser usado na sua forma pura em motores novos sem causar danos e este é o óleo preferido para a produção de biodiesel na Europa desde 2005, parte porque a colza produz mais óleo por unidade de área de solo comparada com outras fontes de óleo como a soja. Devido ao alto custo do cultivo, prensagem e refinação do óleo de colza, este custa mais caro do que o diesel tradicional. Mas, mesmo assim, é vendido ao público a preços mais baratos que o diesel tradicional.

Contudo, pesquisas feitas por especialistas e publicadas há alguns anos na revista Chemistry & Industry, e por várias outras fontes, revelam que o biodiesel gerado a partir da colza emite a mesma quantidade de gases (CO2) que o diesel convencional e não faz diferença na redução do aquecimento global. O estudo também diz que se a área de terra usada para plantar colza fosse usada para plantar árvores, o diesel do petróleo iria emitir somente o equivalente de um terço do CO2 emitido por biodieseis.