Fernando Medina, o maníaco das ciclovias
Para quem são as ciclovias?
O que é que move o atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa a bloquear o acesso dos automóveis à cidade, criando ciclovias que pouca gente ninguém usa?
Lisboa está transformada, no que diz respeito ao fluxo de trânsito. Se já era complicado circular na cidade em viaturas de quatro rodas antes da pandemia, quando o país estiver a trabalhar a 100%, ao nível de dezembro de 2019, a circulação automóvel será pouco menos que impossível. A proliferação (diria praga) das ciclovias e vias de circulação combinada (?) onde não se pode circular a mais de 30 Kh, é assustadora.
Já não bastava ter mandado fazer a estupidez da ciclovia da Av. dos Combatentes (Hospital Sta. Maria > Praça de Espanha) onde raramente se vê alguém a pedalar, criou a aberração de mais uma ciclovia desde o Hospital Stª. Maria até ao Hospital da Luz pela Av. Lusíada, uma via importantíssima da cidade, suprimindo faixas de circulação para os carros, numa zona que já de si era complicada nas horas de ponta. Agora é caótica. Pensará o senhor Fernando que os doentes andam de bicicleta entre hospitais?
A Av. Almirante Reis ficou reduzida a uma faixa de rodagem no sentido ascendente, desde o Martim Moniz à Praça do Chile. Já com duas faixas era mau, pois existe ali muito comércio tradicional e era frequente as pequenas carrinhas de transporte de mercadorias e bens essenciais pararem por minutos em segunda fila para descargas, o que provocava redução do fluxo de trânsito. Agora com uma faixa fica completamente parado.
Agora virou-se para o interior dos bairros típicos da cidade, todos situados em colinas, e pintou no chão as já célebres faixas verdes com os dísticos de 30 km em algumas ruas. Como será que os ciclistas vão subir as colinas? Puxados por cordas amarrados aos carros?
Suspeito que esta mania das ciclovias poderá ter nascido do facto da sua cidade natal, o Porto, não ter grande espaço para andar de pedaleira, onde circular de bicicleta é só para heróis. Deve ser para mostrar ao sr. Rui Moreira o que ele faria na Invicta se fosse ele o presidente.
Cheguei a desconfiar que o sr. Fernando Medina ou alguém da sua família teria participação em uma qualquer fábrica de bicicletas do país, pois até se oferece para comparticipar na sua compra os munícipes que queiram participar na loucura. Falei nisso à minha tia de 83 anos, mas com a bengala não conseguiria pedalar. O que ela queria bem era um pequeno jardim perto de casa onde pudesse desenferrujar as pernas.
Tantas ciclovias e não se vêm bicicletas. Só as de aluguer, usadas maioritariamente por estrangeiros em época turística. Imagine-se como será em dias de chuva.
Deixo aqui uma sugestão:
Se o que o Sr. Presidente da CML o que pretende é tornar a cidade de Lisboa mais limpa de poluição automóvel, proíba de vez a sua circulação por quem não vive na cidade.
Mas ao fazê-lo não deverá ter direito a receber um cêntimo dos impostos que são pagos por quem tem automóvel, como Imposto Anual de Circulação, Imposto automóvel, Imposto sobre Combustíveis, imposto sobre… não sei que mais.
Ficará com uma cidade com ar mais limpo, mas suja e com lixo por recolher pois o dinheiro não chegará para pagar a limpeza urbana. Mas continuará a levar com o fumo dos aviões.
Porque é que os políticos deste país teimam em destruir a classe média, quando é ela que faz o país funcionar?
Bicicletas são coisas do século 19, eram usadas pela classe trabalhadora para se deslocarem de casa para o trabalho. Evoluíram depois para veículo de passeio. Quem pensa que existir centenas de quilómetros de ciclovias por toda a cidade faz com que as bicicletas regressem em força às ruas de Lisboa e os carros desapareçam, é porque não conhece a cidade nem as pessoas. Quem lá entra diariamente para trabalhar, vem das cidades em redor, alguns a mais de 45 km. Então para quem são as ciclovias?
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